Macau: a ponte para o jogo
Antes de chegar a Díli passei por Macau: porto obrigatório para qualquer alma lusa que ande pelo sudeste asiático. Ainda mais para quem lá habitou quase uma década.
Chovia porque havia uma série de tufões a formar-se no mar do Japão, o que não alterou em nada o encanto da terra, pelo contrário. «Home is where the heart is», e o meu está lá.
As Portas do Entendimento, outrora um dos marcos mais visíveis do território, foram entretanto «engolidas» pela nova ponte sobre o Rio das Pérolas e pela construção desmesurada de casinos.
Logo à chegada do jetfoil, o casino americano Sands - de que cuja arquitetura os chineses não gostam porque é demasiado simples, não tem cores e luzes - ensombra um género de cidade dos pequeninos, com casinhas holandesas, reproduções de casas portuguesas de Macau e outras de origem por determinar. Um vulcão - dos pequeninos - completa o conjunto ainda por inaugurar.
Há três anos achei Macau uma cidade bonita, acabado o periodo de estaleiro que tantos anos durou. Voltada para o rio, com um equilibrio entre a nova arquitetura e os edifícios históricos (e uns acidentes de percurso mais ou menos disfarçados). Agora, Macau perde o equilíbrio e transforma-se numa grande Feira Popular do jogo e afins.
1 Comments:
E tu a navegar, claríssima, por entre um misto de memória, aventura e desejo de futuro - ingredientes que afinal devem estar em tudo o que, como se diz na gíria da moda, é realmente sustentável.
Continua a pespegar no alvo do éter as tuas impressões totais. Tens por aqui um leitor atento.
Beijo.
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