25.1.07

Acordo preocupante

Dizia-me uma amiga que vive em Timor, que, tal como eu, não entende a imprensa portuguesa naquela país. Pouco noticiam e só servem para desinformar, favorecendo determinados interesses colonialistas. Em vez de investigar e dar uma noção da vida real, dão notícias do tipo: «apedrejaram um automóvel da embaixada portuguesa» como se fosse novidade que, por vezes, em certos lugares, os carros, qualquer carro, são apedrejados, mesmo em período de paz.
Com a desculpa da violência faz-se agora um acordo envolvendo a Austrália. A que propósito um dos dois gigantes que apeaça esmagar o pequeno crocodilo é convidado a assinar este acordo? Em nome das suas tendências expancionistas e neocolonialistas? Qual é afinal o papel da ONU neste conluio?


Timor-Leste ONU admite "aumento preocupante" da violência em Díli 25.01.2007 - 11h54 Lusa
O chefe da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), Atul Khare, reconheceu hoje "um aumento preocupante da violência em Díli" desde meados deste mês.Atul Khare, representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, ressalvou, no entanto que "o importante é avaliar o aumento da violência no longo prazo".O responsável da missão adiantou ainda que, apesar dos incidentes que têm ocorrido, "a última semana ainda foi menos perigosa do que o início de Dezembro de 2006".No mês e meio anterior à primeira semana de Dezembro registaram-se 1500 incidentes na capital timorense. "Na primeira semana de Janeiro, e graças à ajuda do povo timorense, o número de incidentes registados desceu para 38", afirmou Atul Khare.A violência entre grupos rivais de artes marciais tem marcado o quotidiano de Díli desde a crise política de Abril e Maio de 2006.Khare anunciou ainda a assinatura "de um importante acordo tripartido entre as Nações Unidas, a Austrália e o Governo de Timor-Leste", marcada para amanhã. A assinatura do acordo será acompanhada em directo por videoconferência na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.O representante da ONU esteve acompanhado na conferência de imprensa de hoje pelo comissário da polícia das Nações Unidas Rodolfo Tor e pelo número dois da missão com a pasta da Segurança, Eric Tan.