Onde andam os fundos para o porto de Hera?

Uma amiga que está em Timor diz-me que os portugueses têm a sua quota parte de interesses menos honestos no país, referindo o facto de Ramos Horta, ao assumir a pasta da Defesa ter encontrado um buraco nas contas referente aos milhões doados por Portugal para a construção do Porto militar de Hera... parece que estarão na conta privada de alguns ministros de Timor-Leste.
Não entende também, a minha amiga, como é que esses fundos - que, supostamente terão vindo da União Europeia para Portugal - contam como ajuda bilateral e não comunitária.
Acho óptimo que se aproveite a ocasião para revelar esquemas e interesses menos claros de outras países e entidades relativamente a Timor-Leste, mas não consigo deixar de insistir que o grande problema neste momento é a invasão australiana, numa altura em que o governo daquele país exigiu um quartel general para três mil homens ao estado timorense - ou ao que resta dele.
Entretanto, Alkatiri foi, como se esperava, apoiado a cem por cento pela Fretilin. O homem foi eleito democraticamente e isso é inegável. Em finais do ano passado a Fretilin ganhava com quase 99 por cento as eleições de suco. As eleições foram seguidos por observadores. Afinal, o Ocidente não apoio os processos democráticos?