30.11.21

As vacinas e o infundado incitamento ao ódio

 As manifestações de incitamento ao ódio aos não vacinados que vejo no Facebook deixam-me apreensiva relativamente ao bom senso e saúde mental de alguns «amigos»; por um lado são fruto de desinformação e falta de raciocínio – se virmos bem 89 cento de vacinados (ao dia de hoje) mais cerca de um milhão de crianças abaixo dos 12 anos (10 por cento da população – ver dados Pordata) deixa-nos com uma percentagem reduzida de não vacinados. Ou seja, só cerca 1 por cento da população com mais de 12 anos não está vacinada, um número ínfimo e que inclui aqueles que não se podem vacinar por razões de saúde (doenças autoimunes, quimioterapia recente etc). Um número tão pequeno que não pode ser responsável pelos surtos a que assistimos actualmente. Por outro lado, essas demonstrações de ódio revelam uma vontade fascista de impor pontos de vista e um desejo de apontar bodes espiatórios que me fazem lembrar tempos idos menos democráticos. 

 


 

Para calar de vez aqueles que gritam em caixa alta nas redes sociais «VÁ VACINAR-SE!», mais alto que a Direcção-Geral de Saúde: 80 por cento das pessoas que morreram em Outubro estavam completamente vacinadas; os vacinados transmitem a variante Delta tanto quanto os não infectados; os vacinados (89 por cento da população) são a origem de novos casos.

Queremos uma vacina – não esta coisa que só serve para criar uma sensação de segurança - falsa - discriminação e o incitamento ao ódio por parte daqueles que não sabem pensar.

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