11.12.21

Os «positivistas»

 Por positivistas não se entenda os filósofos e cientistas do século XIX que apenas acreditavam na evidência empírica – não, não nos referimos a esses mas precisamente aqueles que hoje postulam o contrário!

Os positivistas são aqueles que acham que é positivo, inegável e incontestável tudo o que vem de fonte oficial e é propagado nos main stream media: informação por mais limitada ou mesmo propagandística; medidas por mais discrepantes e contraditórias que sejam (não use máscara/use máscara) e mesmo censura – pois se é para o bem comum podemos vergar as regras, esquecer a liberdade de expressão e de imprensa e mesmo colocar a democracia de lado.

São de direita (CDS e simpatizantes do IL mas também militantes do PSD) mas também de esquerda (PC do tipo «os orgãos do partido é que decidem», socialistas que apoiam incondicionalmente o governo).

Tentam desacreditar cientistas que não estão ao serviço da linha directiva central e da propaganda estatal (o estudo da Universidade de Coimbra que mostrou que após três meses a imunidade da vacina cai abruptamente; o prémio Nobel francês que alertava que durante uma epidemia não se vacina pelo perigo de se aumentar a resistência do vírus e as variantes);  são contra o debate cidadão; tentam transformar ciência em opinião; são a favor da censura dos media (o caso do artigo contra a vacinação infantil apagado do Público) e do controle das redes sociais sobre certos temas (o Facebook «apaga» ou não permite aos amigos ver posts sobre vacinas).

E, claro, chamam negacionistas não aos americanos de estrema direita para quem foi criado o termo (Trump e apaniguados que desvalorizaram a doença no início; Bolsonaro) mas a todos os que ponham as suas opiniões positivas em causa (porque são opiniões, não são factos, não são ciência). Ou as suas crenças, diria mais. Recusam, por exemplo, aceitar os números da DGS que mostram que 80 por cento dos mortos do mês de Outubro estavam totalmente vacinados ou o facto de a maioria dos infectados estarem vacinados (pois não poderia ser de outra forma se 90 por cento da população está vacinada, só se excluindo os dez por cento das crianças abaixo dos 12 anos).

São os positivistas que apelam à discriminação dos não vacinados. Nalguns casos incitam ao ódio ao não vacinado (em número ínfimo em Portugal) que para eles será o disseminador da pandemia (já desmontei essa preconceito com os números: 90 por cento de totalmente vacinados; cerca de dez por cento de crianças abaixo dos 12 resulta num um número irrelevante de não-vacinados). Porquê? Porque o não vacinado desafia o status quo (mesmo que não o faça por questões políticas mas apenas por receio dos efeitos secundários).

 

 

São os positivistas que tentam encontrar bodes espiatórios: os já referidos não vacinados; os que não andam de máscara na rua; os amigos que festejaram o Natal com a família alargada; os vizinhos que fazem festas lá em casa; os jovens que foram para as discotecas; as crianças porque não estão vacinadas (apesar de sabermos o risco que isso representa nesta fase de testagem destas pseudo-vacinas).

Chamam-me a mim negacionista? Só posso rir-me. Negacionista eu que fui das primeiras a dizer «usem máscara» e a fazer máscaras em casa quando a DGS dizia «não usem máscaras, são só para o pessoal de saúde, o cidadão comum não sabe usá-las»; a tentar convencer amigos de que isto não é uma gripezinha, de que tínhamos mesmo de ficar em casa. A mim, que sou pró-vacinas, pró-ciência.

Negacionista porque o meu pedido de debate público e transparência na informação oficial os incomoda….

Os positivistas são as massas que apoiaram Hitler, os portugueses que aguentaram Salazar, os soviéticos que fingiam que não havia gulags. São os cidadãos do futuro distópico que nos aguarda se não nos rebelarmos agora contra a desinformação oficial e a condenação da ciência.

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30.11.21

As vacinas que não são

 Uma vacina imuniza. Uma vacina impede a transmissão. A imunização de uma vacina dura um ano – ou dez.

Estas não são vacinas – são tratamentos profilácticos, com eficácia variável, de 50 a 90 por cento nos melhores casos, que duram entre três a seis meses dependendo do sistema imunitário do vacinado. Não são vacinas. Queremos vacinas. E menos propaganda e obscurantismo à volta do que não é. Vacina.


 

Escrevia a médica Teresa Gomes Mota no Observador a 16 de Outubro:

«As vacinas não são esterilizantes, não impedem o contágio nem a transmissão. Não conferem proteção de grupo, quando muito conferem proteção individual aos indivíduos de risco, para doença grave e morte por COVID-19. A eficácia das vacinas no que se refere aos títulos de anticorpos diminui muito rapidamente ao longo do tempo, em meses, e as novas variantes contribuem para o escape vacinal, ou seja, para a ineficácia das vacinas.

A imunidade induzida pelas vacinas é inferior à conferida pela infeção natural e as vantagens da vacinação de recuperados de infeção por SARS-CoV-2, além de cientificamente improvável, não foi demonstrada em estudos aleatorizados, não se compreendendo porque é efetuada a vacinação de pessoas que já sofreram a doença.»

Estas vacinas não são vacinas. Porquê insistir nesta falácia? Porque não investigar e criar vacinas?

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As vacinas e o infundado incitamento ao ódio

 As manifestações de incitamento ao ódio aos não vacinados que vejo no Facebook deixam-me apreensiva relativamente ao bom senso e saúde mental de alguns «amigos»; por um lado são fruto de desinformação e falta de raciocínio – se virmos bem 89 cento de vacinados (ao dia de hoje) mais cerca de um milhão de crianças abaixo dos 12 anos (10 por cento da população – ver dados Pordata) deixa-nos com uma percentagem reduzida de não vacinados. Ou seja, só cerca 1 por cento da população com mais de 12 anos não está vacinada, um número ínfimo e que inclui aqueles que não se podem vacinar por razões de saúde (doenças autoimunes, quimioterapia recente etc). Um número tão pequeno que não pode ser responsável pelos surtos a que assistimos actualmente. Por outro lado, essas demonstrações de ódio revelam uma vontade fascista de impor pontos de vista e um desejo de apontar bodes espiatórios que me fazem lembrar tempos idos menos democráticos. 

 


 

Para calar de vez aqueles que gritam em caixa alta nas redes sociais «VÁ VACINAR-SE!», mais alto que a Direcção-Geral de Saúde: 80 por cento das pessoas que morreram em Outubro estavam completamente vacinadas; os vacinados transmitem a variante Delta tanto quanto os não infectados; os vacinados (89 por cento da população) são a origem de novos casos.

Queremos uma vacina – não esta coisa que só serve para criar uma sensação de segurança - falsa - discriminação e o incitamento ao ódio por parte daqueles que não sabem pensar.

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22.11.21

O teste de imunidade celular em Portugal – o que nos ocultam?

 

Nos Estados Unidos em 2020 foi feita uma testagem da imunidade celular a milhares de amostras de sangue recolhidas num grande hospital pré-COVID. Cerca de 30 por cento desse sangue tinha imunidade natural ao COVID. Ou seja existe a possibilidade de uma grande percentagem da população em geral ter imunidade ao vírus.

Um outro estudo feito depois, no Equador, aponta também para essa possibilidade e vários cientistas sugerem que é algo a verificar.

O Expresso anunciava a 7 de Abril passado que os testes de imunidade celular já estavam disponíveis em Portugal e eram efectuados pela Unilabs.

A página do laboratório explica o que são as células T e a sua importância para o diagnóstico da imunidade.

 


 

Em Outubro decidi fazer este teste.

Sendo imuno-deprimida saber que tinha imunidade natural ao COVID- 19 era algo que me descansaria bastante uma vez que retomei o trabalho presencial que implica deslocações em comboios, autocarros, metro, táxis e o contacto próximo com centenas de estudantes.

A médica de família fez voz de caso quando lhe solicitei o teste e disse não haver indicação do Direcção-Geral de Saúde para prescrever tal coisa.

Portanto, no início de Outubro telefonei para o laboratório onde costumo fazer análises – Synlab. Nunca tinham ouvido falar deste teste só dos testes serológicos. Telefonei igualmente para os laboratórios Germano de Sousa e Joaquim Chaves. Igual resposta.

Revolvi então telefonar para a Unilabs: a primeira funcionária passou a uma segunda quando lhe disse ao que vinha. Esta respondeu que já não faziam o teste. Quando perguntei porquê e quando o voltariam a fazer disse que não tinham material para o fazer e que não tinham indicação de quando o voltariam a fazer.

Porque é que o Estado não quer que façamos um teste que nos pode ajudar a perceber se somos imunes ao COVID? Porque é que um teste disponível foi retirado do mercado? Porque é que não se fala do assunto?

Porque querem que vamos simplesmente levar a vacina e não levantemos questões? Quem tenha imunidade natural – ou adquirida – ao COVID não necessita de uma vacina – essa poderá ser utilizada em quem necessite. Quanto dinheiro os estados poupavam e quando dinheiro os grandes laboratórios perdiam…

Post Scriptum:  no dia 9 de Dezembro voltei a contactar a Unilabs - fui muito bem atendida e fiquei a saber que voltaram a fazer o teste: custa 80 euros e pode ser feito em qualquer ponto de recolha deste laboratório.

 

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10.8.21

Completamente a Leste de novo

 Pois é... ao fim de ano e meio de pandemia confirmada vi-me obrigada a voltar aqui uma vez que estas terras do extremo ocidente ESTÃO COMPLETAMENTE A LESTE. Por opção ou por imposição da propaganda política. Os representantes do Estado - que por agora ainda elegemos - acharam que em nome da emergência pandémica valia tudo incluivé esconderem e censurarem a informação científica e anularem o debate, apelidado de fake news e desinformação. Tentemos contrariá-los.

Aqui partilharei informação sobre questões relacionadas com a pandemia, estudos científicos, opiniões bem informadas e investigação sobre censura e propaganda relativa ao assunto.

Para que não continuemos todos COMPLETAMENTE A LESTE.

Comecemos pela Necroscopia da Emergência, uma entrevista de Outros Senhores a Paulo Moreira, especialista em gestão de saúde pública.https://youtu.be/PlHiXe8LChI



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