A falsa sensação de segurança da vacina
Em Agosto de 2021 houve mais óbitos por COVID - 19 em Portugal que no mesmo mês do ano anterior. Morreram 177 pessoas das quais só 63 não estavam vacinadas. A 3 de Setembro haviam morrido 309 vacinados.
A vacina confere uma falsa sensação de segurança: os amigos voltaram a tentar dar abraços (tenho que me esquivar); no infantário do meu filho os pais e educadoras dão «abracinhos»; em muitas esplanadas e cafés noto que deixaram de higienizar as mesas; ouvi uma amiga dizer para a empregada doméstica nova: «não se preocupe, pode tirar a máscara aqui estamos todos vacinados».
A protecção conferida pela vacina PODE ir até seis meses, mas estudos dizem que não passa dos três. Nalguns casos será nula e é sempre dependente do sistema imunitário de cada um, como vemos pelos óbitos e casos graves em pessoas com vacinação completa recente. E, como se sabe, a cobertura da vacina para novas estirpes é inferior à anunciada pelas farmacêuticas para o COVID original.
No dia 15 de Setembro Portugal era o país com mais população vacinada no mundo: 81 por cento completa e 5 por cento a aguardar segunda dose. Números atirados como se fosse uma competição olímpica: «somos os melhores do mundo»; mera propaganda política que oculta a realidade.
Quantos desses 81 por cento ainda têm alguma forma de protecção? Quantos foram vacinados há mais de seis meses? E há mais de três? Que dizer dos novos surtos nos lares (com a totalidade do pessoal e utentes vacinados) que têm causado grande parte dos recentes óbitos? Afinal a ideia não era proteger os mais vulneráveis?
Enquanto os governos continuarem a insistir nesta campanha - com ESTA(S) VACINA(S) - como salvadora do status quo e da humanidade censurando a ciência e o debate não veremos o desenvolvimento de vacinas e medicamentos efectivos. As farmacêuticas e corporações afins enriquecerão ainda mais enquanto os nossos direitos são postos em causa: Biden anunciou dia 10 de Setembro a vacina obrigatória para todas as companhias com mais de cem empregados.
Está na altura de os governos tomarem posse das patentes e produzirem as suas próprias vacinas transformando-as, já agora, numa protecção um pouco mais efectiva e duradoura.